Kim Joon

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Kim Joon é um artista coreano contemporâneo que explora o significado das tatuagens como um fenômeno social. Seu trabalho explora temas de desejo, memória e juventude por meio de esculturas de porcelana e imagens digitalmente manipuladas de corpos nus. 

Suas obras retratam temas como composições de talheres, fragmentos de nus idealizados e ícones da cultura pop ocidental, incluindo guitarras, carros e armas. Kim justapõe com sucesso o antigo e o novo, mesclando desenhos asiáticos tradicionais com novas mídias.

Manipulando com maestria o software de imagem 3D, o artista produz peças compostas da forma humana, muitas vezes retratadas com tatuagens ou estampas, como se fossem feitas de porcelana tradicional. 

As tatuagens em suas obras não contêm um conteúdo comum. Algumas trazem sinais fetichistas do capitalismo e de uma sociedade de consumo, como os logotipos de marcas de grande porte como Adidas, Starbucks, Gucci, Chrysler, Ferragamo, Armani, Christian Dior e Prada. Essas tatuagens indicam desejos individuais e coletivos da sociedade contemporânea. 

Kim agrupa corpos masculinos e femininos, entrelaçados em posições sensuais, sobre os quais desenha padrões contínuos que os fundem numa massa corporal única, subjugados pelo desenho e pela cor.

Aplicando digitalmente as tatuagens em seus temas, o artista cria uma variedade de padrões intrincados, de designs antigos a logotipos corporativos e obras icônicas da arte moderna. Entre as criações famosas do trabalho de Kim estão imagens fabricadas com fragmentos de porcelana moldados para se parecerem com partes do corpo humano.

“Vejo a pele, ou em alguns casos o monitor, como uma extensão da tela”, diz ele. A exploração da cultura da tatuagem por Kim tem suas raízes em seu tempo no exército, onde ele tatuou seus colegas. “Tatuagens simbolizam os compostos multicamadas de desejo e vontade, emoção e ação, dor e prazer de si mesmo e do outro”, diz o artista. 

Mila PetryComentário